quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
O Porre dos Malacos.
sábado, 24 de novembro de 2007
A Noite da Tertúlia.
domingo, 19 de agosto de 2007
Os Adúlteros.
Seguro você pelas pernas, quase cai, grita mesmo, levanto e te colo na parede, só entende o que acontece quando com a língua puxo de lado a calcinha e vou lambendo de boca inteira, rosto: com um dedo, você me ajuda.
Cheiro e gosto de quem se preparou pra isso. Quero molhar até tirar restos de sabonete e intimidades de farmácia. Agarra meu cabelo onde nascem e minha nuca, tua unha, sangra. Xingo tua mãe, teu pai, teu marido e te jogo no sofá, levanto tua bunda e meto. Você goza em alguns segundos e me diz que pare, que quer conversar, que talvez posso descartar a imagem das responsabilidades, caso bata um papo. Bato sim, bato uma, três, várias vezes e você goza de novo quando puxo tua cabeleira.
Saio correndo e esporro pela janela do apartamento. Lá embaixo, o ponto de táxi, a padaria, o sebo de livros.
Pego duas cervejas. Bebo a minha e depois bebo a sua, antes que esquente: você abraça os joelhos e finge dormir.
- Não é cedo para você estar bebendo ? Eu deveria mesmo estar aqui? E o tempo para pensar em todos prós e contras ?
- Você está sentada em cima do maço de cigarros. Passa aqui, por favor.
- Toma. Pega uma bem gelada pra mim. Tem uísque ?
No banho, como você por trás. Lambe o azulejo, cerâmica insuflada. Temperatura de arrepio e descamação da pele.
°
Telefona e parece que no escritório as pessoas acreditam na história. Eu não tenho para quem telefonar. Faço a barba e você corre pra me abraçar.
- Coloca um som bem legal ? Agitado. Quero dançar! Como estou feliz, amor...
°
O dia está ensolarado e nós de mãos dadas, você balança nossos braços e conta mil coisas sobre umas conquistas, um curso de alemão, e a tese de doutorado. E como sempre gostou de ler minhas coisas.
- O que é sempre ?
- Seu chato ! Me compra um pão de queijo!
Rimos juntos e a criançada chuta bola no muro do cemitério municipal. Parece que nada pode andar para trás, imagino seus pés escorregando no suor da sandália e tenho outra ereção. Mas ali estão seus pés e eu não preciso imaginar porra alguma. Me ajoelho na calçada e beijo cada um dos seus dedos, acaricio as panturrilhas e elas são caules sagrados. A criançada ri. Eu rolo no chão e finjo uma convulsão. Você manda beijos para todos que passam. Ônibus buzina, a tia da banca de jornal bate palmas. E mais que tudo, preciso caçar um pão de queijo em algum lugar que te mereça.
°
Vamos viajar. Vamos comprar um gato. Vamos nadar no mar.
Vamos correr no parque. Vamos cair com tudo no gramado. Vamos rolar ladeira.
Te faço barriga, te faço um livro novo.
Me faz um sorriso teu.
E me diz onde compramos parênteses para colocar no tempo.
Dentro da lanchonete está escuro. Você engole coca-cola. Eu engulo a seco.
°
- Você está legal, amoreco ?
- Vamos voltar pro apartamento.
- Tarado !
- Linda...desde a lanchonete. Já demos volta no quarteirão de cima, vimos as vitrines e comprei essa rosa...
- Maravilhosa.
- Tem um cara seguindo a gente.
- Puta que o pariu. Não brinca.
Você começa a olhar para trás. Belisco seu braço.
- Faz o que eu mandar.
°
O andar está escuro. Apenas a luz vermelha do interruptor. O elevador vem contando os número na parede. E chega. O tipo: alto, blusão imitando couro e manca um pouco da perna direita. Antes que ele possa acender a luz, é nela que eu pulo, colocando meu peso contra o joelho. Um grito e caímos no chão. O elevador desce e tudo escurece. Alguém ouviu o merda berrando. Segura minha garganta e além dos dedos, tem algo frio. Uma lâmina. Chuto com força o joelho, estamos escorregando no piso liso. Ele sente a dor, mas não desiste de aproximar o canivete da minha cara. O motor de elevador treme, zumbe. Preciso soltar um dos braços pra fazer apenas uma coisa e tem que ser rápido. Ele corta uma tira da minha orelha antes que eu arrebente sua cabeça contra a porta de incêndio. Após três pancadas, ele pára de respirar. O elevador ficou parado três andares abaixo.
Toco a campainha e você abre imediatamente. Ao contrário do que eu esperava, você não grita. Me ajuda a carregar o corpo.
Limpa o sangue e os ossos lá fora, enquanto eu ajeito o sujeito no banheiro da empregada.
°
- Meu marido sabe.
- Ele desconfia. Só isso. O que ele tinha pra saber morreu com esse cara.
- Não posso voltar. Ele me mata...
- Você deve voltar. E chegar sorrindo. E trepar com ele.
Parece que ela não pensou duas vezes antes de aceitar a idéia.
- Vou. Mas e você. E o corpo desse filho-da-puta ?
- Isso é comigo.
- Jura ?
- Claro.
- Ai, meu Deus.
- Vai amor, eu te ligo.
- Você vai se livrar, né ?
- Tenho alguns amigos. Espero até a noite. De madrugada não tem porteito. Tiramos ele daqui e levamos pro lixão. Fim de papo.
- É bom eu ir rápido, cê não acha ?
- Acho. Vai.
- Te amo até o fim do mundo.
- Eu sei.
- Vamos nos ver de novo ?
- Com certeza.
°
Dou meia hora depois que ela saiu. Estou com o celular do morto ao meu lado. Na casa dela, eu sei bem, tem identificador de chamadas. Mato-grossenses cornos e com grana.
A carteira de identidade: Macavú- Pernambuco.
Isso me dá um sotaque.
Poupo palavras para dizer que ela está limpa. Teve um almoço de negócios com o pessoal de um escritório, na praça de alimentação do shooping.
"O som tá alto, Casimiro..."
"Tô na rua."
"Tem certeza de tudo ?"
"Segui até o aereporto..."
"Obrigado, Casimiro."
"De nada, é meu serviço."
"Você está estranho...não sente saudades de mim?"
Fodeu.
Lascou.
"Sinto...claro, sinto demais sua falta..."
"Você entende que não era ciúmes dela, não entende? É honra. Honra, meu cavalo. Você ainda é meu cavalo gostoso, Casimiro?"
" Sempre."
"Volta. Vamos passar o fim de semana na fazenda? Quero você me fodendo."
"Quero comer mesmo esse rabo."
"Assim que se fala...cavalo..."
"Me espera na fazenda já? Me deu tesão arretado essa história toda."
"Safado. Puto. Vou dispensar o pessoal do casarão."
A passagem, a passagem....aqui.
"Chego de noite."
"Te espero de banho tomado, vem que teu urso tá querendo."
°
Enquanto remexia nas roupas de Casimiro, encontrei tudo que precisava. Eu já tinha visitado aquela fazenda duas vezes. Foi na carteira que eu encontrei uma foto.
Uma foto dela.
E uma carta escrita em folha de caderno. Eu conhecia bem aquela letra.
E aquele jeito bem puta de escrever.
Ela dizia que o pau de Casimiro era o maior que já havia chupado.
Que ela adorava quando ele esporrava na cara, nas tetas.
Que fora o corno, só tinha ele.
°
Minha cabeça latejava enquanto eu arrumava uma mala pequena. Poucas coisas. Eu não tinha motivo pra demorar lá no Mato Grosso.
Descobri que sou rápido para acertar algumas coisas.
Pedi pra aeromoça um comprimido pra dor e uma cerveja.
Dormi sorrindo, com uma sensação gostosa esquentando o peito.
Algo como um sentido real pra vida.
Ou a alegria do desprezo.
°
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
O melhor casal do mundo.
"Quando os demiurgos cahuilla emergiram das trevas e quiseram dissipá-las, ambos começaram por extrair do próprio coração um cachimbo e um tabaco cuja fumaça expulsaria a escuridão reinante."
("A oleira ciumenta",Claude Lévi-Strauss)
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Eu Pendendo Você: Caio em nós - ( ou Psico-Cigar )
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Listinha Pela Não Edificação.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Simone e o amor.
(foto: Paulo Castro )
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Pop Curtinhas.
Os pais estavam pisando no teto, e eu na falta do que fazer, fui ver aquilo: os vinis.
Esse povinho chapado sempre tem vinis.
Agora resolveram que querem ter filhos e conta no banco.
°
Fico muito preocupado com o destino do rock and roll nacional.
Claro que existe uma exceção: o rockinho gaúcho.
Como tudo que vem lá do sul, a coisa é bem bacana.
Tipos como Frank Jorge, Graforréia e principalmente o Júpiter Maçã.
Aqui, todas as citações serão de demos do Júpiter.
°
"Me faz sorrir...me faz gozar
Eu vi a minha namorada saindo do banheiro com mais três caras
mas sim, ela sabe o que faz"
°
Outras festas, do tempo da faculdade, a gente tomava vinho e dançava as músicas mais óbvias.
E esquecia que fazia a tal da faculdade.
°
"Quando você der pra outro cara,
Lembre-se que alguém se masturba
Alguém do outro lado da cidade
Se sente em sintonia e pensa em você
Estou ligado na sua
Essência interior"
°
Eu tenho uma filha e comprei um mp4 para ela de aniversário.
Nos aniversários dela, desde o nascimento,
existe Fanta, Coca-Cola, Bolo de Chocolate e um de morango que é um arraso.
Ela ouve rock and roll no mp4 e eu fico orgulhoso.
Como bom pai, fuço no mp4 dela, pra ver se não há lixo.
Ainda bem que não encontro nenhuma faixa do Cd. MTV ao vivo 5 bandas.
Frenso, Hateen, For-Fun, NX-Zero e Moptop.
É uma coleção do que há de pior.
As rimas são feitas de gerúndios compulsivos.
A última faixa, é "O Rock acabou?".
°
Ah, músicas originais de Júpiter Maçã, pra acabarmos com as mistificações paulistas-baianas.
Miss Lexotan 6 mg não é do Ira!
É dele.
E principalmente:
"Lugar do Caralho" não é do Wander Wildner ( poderia ser), e nem fudendo que é do imbecil Raul Seixas, aquela trolha que usurpou a barba de Tostói.
Tenho ambas as faixas originais aqui.
Quizendo,
é só pedir.
°
Pra quem quiser encarar umas de saber quem foi Tostói, não precisa encarar Guerra e Paz ou Anna Karenina. Seria o aconselhável, mas hoje é só de curtinhas pop.
Comprem a edição "O diabo e outras histórias", da Cosac & Naif, a editora mais fodona do brasil brasileiro.
O cara come uma camponesa, depois se casa com uma burguesinha meio frígida, mas não consegue esquecer a mina que ele traçava nos bosques e atrás dos casebres. Acaba metendo um balaço na cabeça. E tem final alternativo! Ele mete um balaço na camponesa safada !
Esse é o tio Leão, Leão Tostói. Como se fosse hoje, comigo ou com você.
°
Tenho saudades de uma pá de coisa na vida, mais coisa que gente, mas do meu programa de rádio "Leite Condensado" na Unicamp, o peito aperta. Lá a gente bebia vinho e colocava e cantava músicas estranhas.
- Alô, alô, garotas da moradia estudantil...aqui é a turma do Leite Condensado...nos tragam uma pizza e ganhem um esporro na boca, entre os dentes...
°
"Orgasmo Legal
Orgasmo Legal
é isso que ela me dá...
Ela me dá orgasmos legais que deixam meus dias legais...
Nuvens carregadas não me assustam não mais.
Crises de mau humor não me incomodam
Orgasmo Legal é o que ela me dá.
Eu me dedico de coração pra dar a ela
orgasmos e tesão !
Por isso é horrível quando a gente discute,
vai pra cama sem gozar!"
°
O rock tem que ter algo de bobagento, inteiro mequetrefe, pra ser bacana.
E deve-se manter nesse limite entre a tosqueira simpática e sorridente ( dente cinza)
e a estupidez de rimar gerúndios.
Ou a chatice de rock cabeça.
Rock cabeça é a anti-foda.
Saca Morrisey, o pai dos emos ?
Então.
Música pop é pizza com catchup pra se comer assim mesmo, com cuspes e guitarrinha de fodelança sacana. Sala Especial. Saudades da Record 1980, totalmente profana e punhetária.
°
"Uma bruxa tipo mariposa
Minha melhor amiga morreu do meu lado,
ao lado da minha cama,
a bruxa mariposa..."
°
É como escrever em blog.
Quem pensa em escrever verdadeira poesia aqui ?
Sejamos sinceros.
Isso aqui é consumo puro.
Vem a putinha e diz: Paulo, você está fraco.
Tá esperando o que, lacráia ?
°
O que significa J. deep e K. richards abraçados na capa da Rolling Stone ?
Caralho, o que eu acabo de falar.
Os dois são ótimos e gatos, as artroses de richards me excitam, Deep é tão profundo como o Conde de Rochester, e sexual como tal.
Mas ganharam uma grana sadia bebendo, queimando e rindo nos Piratas do Caribe.
Errados ? Rasos ? Capitalistas ?
O filme é um barato.
Chato é você.
E vamos com mais Júpiter Maçã:
°
"Eu deveria me converter ao hinduísmo
Comida vegetariana
Mantras e Krishinas
(...)
Queria cantar como o Beatle George:
Aleluia Hare Krishana, Aleluia !"
°
Depois veio o babaca do Nando Reis e fez algo sério parecido com isso.
Gravou a filha dele correndo no meio daqueles carecas do mal.
Eu faria uso do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Aposto que ele não controla a desqualidade do que rola no mp4 da Zoé.
°
Tenho medo do futuro das nossas crianças.
Ou sérias, do tipo que casam com caras chatos, médicos assumidos, advogados, engenheiros, e não sabem rir de uma boa bobagem,
Ou dementes emocionais, que choram quando sentem a culpada vontade de dar risada.
A música emo é uma criação de laboratórios farmacêuticos.
Indústria anti-depressiva.
°
"Preciso andar com vocês...
Tomar um sorvete com vocês...
Preciso saber do Brasil...
E da gente linda lá do Rio...
Pois todo compositor contemporâneo
Precisa conhecer molécula de urânio.
Todo compositor contemporâneo".
°
Além do programa do Leite Condensado, a gente tinha a banda de rock homônima.
Na última música, sempre eu fazia um "perfomaço", me masturbando com uma lata de Moça.
E daí aquilo voava no público e a diversão estava garantida.
Nada mais patético, isso deve fazer você torcer o nariz, mas se como eu, tivesse vivido isso, hoje não ameaçaria ser assim tão pé no saco, meu chapa.
°
Pobre filho, cujo pai nunca vomitou abraçado na privada do bar.
Pobre esposa, cujo marido gosta de suas bochechas gordinhas bem perfumadas e machas. Se acha homem, mas usa pijama de botão marfim.
Pobre sujeito que não acha isso tudo divertido, leve, suave como uma foda perfeita.
Aliás: o melhor lançamento musical dos últimos tempos: A música daquela propaganda de carro: "Não tem cara de tiozão". Ver no meu perfil do Orkut. Depois vem o acústico do Lobão.
E sempre, infinitamente ( antes da Marisa Monte ) , o rockinho gaúcho.
°
Aos cools : A trilha sonora da série Nip Tuck. Aliás, só ali os médicos são gente divertida afudê. A vesão de "Fever" me traz polução diurna, noturna, sem contato manual.
°
"Eu só fodo com você
Nessa fase atual da minha vida
(...)
E quando eu te visito pra
Tomar um chá
E a gente começa a falar
Tudo fica claro na minha mente
E a gente começa a trepar."
°
domingo, 1 de julho de 2007
Fragmentos Sem Direito à Indenização.
O nome do cara era Douglas. E o sobrenome, tinha três sílabas separadas. Der Van Ley. Parece algo chique, como o nome do diretor cult Gus Van Sant. Mas se você atendar à ordem das sílabas, verifica-se a lógica:
1ª) Van
2ª) Der
3ª) Ley.
Ou que dá a sonoridade: Wanderlei. Douglas Wanderlei. O sujeito fez isso com o próprio nome, por ser chef de cusine maçarico na mão. Será coincidência que o nome do bistrô seja "Recife".
Todo texto deve ser submetido a uma implicação preconceituosa, ou seremos ingênuos como os seres mais puros do sistema mental conhecido, os autistas.
°
No meu último texto encontrei algumas resistências. É só ler nos comentários. Certo que algumas não foram comentadas abertamente, mas suspiradas pelos cantos esperançosos do universo, frustrados: O Paulo voltou a escrever putaria, ai meu Deus, ele não se converteu ainda?
De um lado, a moça que foi e voltou algumas vezes e disse que não iria mais colocar mortadela no meu sanduíche. A tal da Val dita. Ela comparou meu texto com uma punheta, como se isso fosse algo negativo. Oras, todo texto que se preza é uma punheta. Sem a ilusão de que é uma "transa entre escritor e leitor". O leitor é um bicho parasitário, ele se apropria do texto para o próprio gozinho. Sei por ler, escrever e seguir a evolução sexual dos olhos. Os livros são os substitutos fora do banheiro das revistas de sacanagem, um fetiche como qualquer outro. Não fosse assim, as mocinhas não teriam berrado de tesão ao redor do castelo de Rilke. Nem a confusão entre narrador, eu-lírico, próprio escriba, seus desejos, opiniões e estética causaria tanta rusga entre os casais minimamente intelectualizados. Se para o Flaubert, Madame Bovary c'est moi, para Val dita, Madame Bovary é uma puta cheia de pompa e metida à besta, exibicionista da beleza construída com engenho. Quem mandou ser tão interessante, quem mandou ter os pães abertos a receber as fatias de pastrame ? A vulgaridade vem sob a forma de uma mortadela negada, ou um prato do "Recife", vindo diretamente das mãos do chef Wan Der Ley.
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Outro mandou eu, antes de falar ou escrever bobagens, pegar no meu pau e chupar. Pois bem. Esse outro ou outra é alguém anônimo. Não vou gastar aqui meu pequeno e monoprodutor pau para questionar a coragem e a covardia de quem comenta de maneira anônima. Outros menos capazes fazem isso por mim. São mais pauzudos. Dito isso, existem apenas duas possibilidades, ou não tenho uma costela, como o Adão ou Marylin Manson, ou tenho um caralho gigantesco. Com nenhuma dessas coisas é verdade, muito pelo contrárias, não existe nada em fundamento na crítica, o que faz com que ela tenha o mesmo valor de um rap raivoso. Nulidade. Isso sim que é mortadela. Eu agradeço e guardo para os dias de necessidade.
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Em um mundo de "O Segredo" e "A menina que roubava livros" ( prende, porra!), achei "Frutos da Terra", o melhor livro de André Gide por 17,00 reais.
Não há do que reclamar em uma época medíocre como a nossa. Mesmo o prazer da busca é maior, a tonalidade de "raro" ganha seu delicioso aspecto burguês, o mesmo que justifica as tardes passadas no shopping center. O "achado" é o único prazer do intelectual. Prazer idiota, narcisista, clubinho de vernissages não disputadas. Que a mediocridade impere. Meu bolso agradece.
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Em "Frutos da Terra", Gide faz seus heróis mergulharem em encontros, sabores, vinhos, bosques, fodas, e poemas, com a única intenção de trazer nobreza à volúpia, papel maior da literatura, calando assim as bocas mais beatas que um dia ousaram pedir um livro de Natal, e com isso, ousaram emitir opiniões sobre as coisas. Ou seja, as Val Ditas da vida. Gide descreve os prazeres da sodomia de forma mais "espiritual" que todo um hinário litúrgico. Essa é a perversão que a arte domina, faz gargalhar e cospe com elegância no bueiro dos batismos no Tédio. Por 17,00 reais. Um prato do Van Der Ley custa R$ 210,00. No Recife, São Paulo. Ainda prefiro outro nome bonito, Win Wanders. No Paris, Texas.
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Se grande parte da literatura foi criada por homens, caso tivêssemos a capacidade de chupar nosso próprio pau, a punheta oroboro, o sagrado matrimônio com que mais amamos, a configuração da arte hoje seria outra. Madame Bovary estaria entediada não por um casamento morno, mas por uma luxúria cansativa, por um tratamemento crônico com o coquetel anti-HIV.
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O grande risco das alianças é que você limita em muito seus potenciais objetos de riso e infâmia.
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Mesmo que você limite sua vida ao mundo internético, ainda assim, tem como julgar seu valor intrínsico. Fiquei muito feliz em estudar a listagem das pessoas que me bloquearam no Orkut e no MSN. Um estudo ético-estético dessa trupe triplicou minha auto-estima. Tente você também. Claro que por sua conta e risco.
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Procurei o Douglas Van Der Ley no Orkut. Não achei. Gente chique não se mistura, ou só aparece em foto sorrindo de nada, para nada, sem nada. Algo como o "salve simpatia" a priori, que, pensam os marotos, guarda toda a sedução e gatice. Sou, antes de tudo, um bronco.
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Preciso ver se a Val Dita me bloqueou. Torço que sim.
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Ainda da "Veja São Paulo": capa: esposa do Serra. Ela é bailarina, psicóloga e...ONGUEIRA. Isso mesmo. Ongueira. De Ong. Depois atazanam os punheteiros, classe bem mais legítima, producente e cultural. Ouvi falar pela primeira vez da primeira-dama do estado através do departamento de Psiquiatria da Unicamp. O Serra queria que sua esposa virasse, do nada, docente da faculdade. Ok, pode ser, o que ela tem a oferecer? Bem...ela é especialista em ensinar ballet para pacientes psicóticos.
Daí o govarnador não ter dado plena razão aos baderneiros inúteis da USP é algo incompreensível.
°
Será que o "Recife" tem serviço de Delivery ? Vou perguntar ao Motoboy que comentou meu último texto. Anonimamente.
°
O grande problema em se fazer alianças é que você amplia em muito seus motivos para preguiça e tédio.
°
E como diz minha amiga Carol "red fox" Custódio: "Porra, Que Chique!"
°
Uma semana cheia dessa porra para vocês.
°
domingo, 24 de junho de 2007
O ódio é uma virtude.
" no espelho
não vejo
meu guarda-costas"
( marcos prado)
Coloco minha língua de serpente bifurcada pra fora,
ela pega no enxofre
sua família, seus ideais, suas virtudes e tudo isso é apenas o que segrega o clítoris oblongo,
da sua coisinha resguardada, que gosto bom, o sonho, melhor-à-me o real,
na festa do dia das mães, eu estou te olhando e sei bem e você sabe bem, quando lambo o sorvete,
e em apenas uma única linguada, todo corante, acidulante, verdejante, pingam na cabeça daquela criança negra imbecil judaica pequena homossexual, ou apenas corretamente familiar,
que é um verdadeiro muro de bosta entre meu caralho e sua cona.
Não tenho mais saco nem idade pras meias-palavras. Salva-vidas idem.
Você disse que não tem medo, que eu sou o medo, então prove isso e estarei esperando com o mastro duro entre as mãos de calo e manicômio, sem dar explicações para esse mordomo-fantasma que sempre passa as notícias da sua vulgaridade amorosa para mamãe-papai-marido-consciência...
...afinal, o que é uma trepada perto da crise de moral ?
Nada.
Você que não pensa.
Mas se eu colher flores e escolher bombons da ilusória árvore de cacau amarradinho e disser que vamos fazer amor,
você relaxa;
eu não relaxo,
eu ganho minha ninharia por hora, você me diz que não tenho tempo, ( então pague minhas férias de te foder ),
e eu completo: não tenho tempo a perder.
Se houver algo diferente do orgasmo e poesia,
no que você me oferece,
eu apenas meto uma bala na minha cabeça cabelo, sua cabeça espelho
e hoje, saiba, estou exausto,
e estar exausto, no meu contexto,
é o mesmo que estar pronto para explodir tudo, TUDO,
sua família, tua bondade de aceitar um ex-drogado no seio tetinha da sua buceta,
na bondade de seu sorrido e seu pouca-coisa com CIC fora do SERASA:
- Pode respirar por um tempo, Condenado, que eu deixo, a Lei deixa, a Psiquiatria( não uso nada, parei, não uso nada, padre, até quando suportar os olhares caixão, compaixão dos vizinhos e mesmo as relutâncias de quem diz me amar?) deixa...
Como não antever que isso uma hora vai cansar
e que um tipo petulante e criminoso como eu,
vai mesmo, sem dúvida, sem aviso prévio,
puxar o gatilho bem onde seu ovário
está cheio de durex's, e neles,
as fotos dos seus momentos mais fingidamente felizes, monumentos de mulherzinha certa ?
Explodo teu útero com a minha porra gosma engula Alacatraz,
( CHUPA-ME)
e nosso filho será apenas a
porta,
a Porta Capeta,
do Inferno:
sabosoro isso, Kid.
Goze como não goza desde que nasceu.
Sim, eu te explico a semântica de Sade, dos 12o dias de Sodoma,
para isso, apenas me obedeça,
Me obedeça a ti, Kid:
- Fique de quatro e abra essa bunda linda chanel 5 pra mim,
morda uma rosa espinhuda ( poemas fáceis do seu terceiro colegial...),
que agora eu vou entrar, mucosa, fodona,
invite me:
eternidade-sussuro ( " E agora, como vou lidar com a imbecilidade de minha-ninho vida?")
seu desespero suicida("Quero apenas isso para o resto da minha-ilha vida, eu me mataria pra viver assim, nesse quarto de hotel, chiaro-escuro, nesse frigobar, nesse autorama lá embaixo, mais de dez andares, formigas babacas de super-carangos, você sempre aposta alto na altura, nesse formigueiro em que meus antepassados e gente de respeito congelador coração e pica molenga vivem ?")
Estamos fudidos, baby.
Coleque uma moeda. Tire tua roupa de baixo, minha cueca,
Pra você pode ser uma coca light ECOLOGIA, ixe.
Pra mim: escolha outra garrafa d'ataúde de vinho pinguço :::::::>
Gozemos antes que a polícia menestrel-votos-quase-freira ( hipocrisia de vagina ourives delícia na boca minha) apareça, curso de noivos, você bem sabe a baba.
Ai, que tesão ! Amarro a uretra na tua chupada literatura da glande.
°
[ Para a Val e quem mais não gostar: PERDOA-ME POR TUA FRIGIDEZ ]
terça-feira, 12 de junho de 2007
Literatura de Gente Média.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Publicidade e Mar Quente Ltda.
Meninas e garotos horrendos em suas belezinhas em que a brilhantina vulgar escorre de seus possantes carros, o óleo diesel misturado com a Coca-Cola e piscam tanto uns para os outros que ficam tão cegos quanto o tétano.
Andando, chupando serpentes, chutando garotas e meninos, com todo poder do esquecimento.
Palpites enrustidos afundando na lama em que piso de coturno pré-militar. Sabe como ? Assistindo TV e pensando em outra coisa, fazendo outras coisas e sonhando com a Bem-Amada, a saber, minha televisçao, essa bissexual que faz algo quando saio, tenho certeza, tia, com o liquidificador e ainda pego a orgia com o agente principal de todas as paranóias modernas, afetivas, inseguras da própria umidade : o Personal-Computer deitado na rede, bem no meio, entre a mulher e o homem.
Andando e chupando acordos para sobreviver nesse mundo e saiba, saí pra compar cigarro e rum pro meu lindo hardware gostosão e latino.
A lama redondilha menor, a brilhantina redondilha média e os versos brancos sendo os principais para falar disso tudo, sem no entanto explicar como cicatrizam as feridas dos anjos amputados de suas asas, tendo que comparecer à vergonha de não poder cantar alegre, ouvir música alta, ou praticar um justo assalto, um karmico sequestro, um divino erro de cálculo renal, esse que enaltece pela dor a existência da bocarra sonhadora da uretra.
Chupando ciber-cérebros de todos os mártires, chutando cada James Bond com seus martines, os Wolverines apaixonados, os marines que votam alegremente no sr. Lula, no sr. Bush e se esquecem dos mil tiros ao alto, em nome de alguém como Paulo Francis ou os intestinos de D. Pedro, the first one, the best, the new york times of apocalipse, o cólon, o reto, servindo como cachecol para a Lady Punk, Lady Trash, a deusa grega da juventude viciada em serial killer e séries como Friends: Hebe Camargo.
Andando pop, andando B'52's , andando Carlos Gomes tocado pelo DJ Mau-Mau ( é sério, procurem saber, o fim está próximo, negada), chupando a cidade pela sua ponta de linguiça toda passada nesse hoje de vencimento fatal, filhinho, não coma os iogurtes e os yacults quando a tampinha metálica fica gordinha.
Mamãe, não coma mais nada quando a barriguinha do Nada ficar gordinha, flácida e começar a citar, vixe Maria, vixe Tim Maia, vixe-vice José de Alencar com Ceci e Peri ( sério o lance do Carlos Gomes, afro-genéticos !), vixe, citar Sartre, Freud, Prozac e outros mestres da contemporaneidade Alzheimer, aquele patogista necrófilo e fumante de Halls queimando com poeira cósmica em plantões médicos, aquilo que mostra sangue natural, mais natural que o sangue natural, ao menos a safra do vinho eleito pelo banco Safra, é menos salafrario que o sangue do pobre anjo que foi depenado na noite do Natal.
Andando e beijando os pescoços dos Perus Sadia, já que hoje em dia são os únicos perus confiáveis para se colocar dentro de si. Melhor gripe aviária que gripe viada, dizem as beatas versão Beta, em fase de teste religioso.
Chupando e andando anacondas e outros falos na faliciosidade da meia-entrada na quarta-feira, sim, como não, só a mocinha de bigodes Magritte me pagando pra assistir a filmografia de seus sonhinhos de valsa, salva e merengue.
Sim, amado Wander Wildner, eu também quero uma festa punk e "nicotina, nicotina, entra no meu pulmão(...) sem ela eu não vivo, pelo amor de Deus me passa um crivo !!!",
++++++ Wander, como andando
chupando
beijando
e tudo mais assim,
ainda vem o tísico querendo nos tirar a pouca-delícia permitida do cigarro Derby ultra-killer, long-side B? ++++++
----- Longa é a vida, curta é a arte.
Esse é o problema do ser humaninho. -----
[@] Curta o curta ante que ele desapareça na mediocridade que lhe é própria. [@]
( E, pretinhos de alma branquinha com flúor: é sério sobre o Carlos Gomes, meu conterrâneo, meu igual em admiração lassiva pelo Rubem Fonseca, com o devido nojo Lourousse ao outro, o Alves )
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domingo, 27 de maio de 2007
Boca à fuça Anti-Merlosiana.
Como não tenho uma cidade de praia, já disse algures ( algures, puta palavra legal), sento na beira da privada em chão e fico tocando a descarga. Não se preocupem, já não tenho idade nem treco pra vomitar.
Ligo o som o mais alto possível, respeitando a televisão no quarto ao lado, a piada que acorda todo mundo mas é boa, e minha música é ruim pra dedéu, mas ligo assim mesmo, dizem, que para fazer uma pequena revolução, até as 22:00 pois fiz as pazes com a vizinhança supra sumo sacerdotal.
Como é isso que dizem também: estar com o saco na lua ?
O meu pesa, quem me dera se voasse, se fossem bolas de Dumbo, se alguma emoção balão mágico pudesse dar a exata esperança dos erros ainda que podem ser cometidos numa boa.
Mas nem idade nem fuça, treco, diz mais que o espelho ( riso diabo no corpo ), o cobrador desse busão que é a vida. São vários cobradores, um a cada dia, todos clones de cobradores de clones de dias, tão iguais em si de mim, que quando começo a puxar papo tipo deles, manequins peladinhas de shopping center, me assusto tamanho tamanho enorme tudo desse domingo que parece eterno e o busão faz uma curva, ô, ô, se segura rapá, mas não é nada não, é bossa nova com guitarra, só angústia , pega o cobertor, cobre a cabeça, enfia algodão baby perfuminho rosa bebê, azul bebê, arco-íris baby Genet, nas orelhas.
A cobrança aumenta na medida dos acúmulos de pisadas na bola, bobo de quem deu vexame, tem que comprar a revista "Você S.A." e aprender lá as manhas do atual Eclesiaste. As orelhas gatunas já se levantam se eu não consigo no hoje de sempre busão e curva, sorrir para detalhes como o desatino dos sapatos. A opção pela burrice é um perigo, meu amigo. Quando a ira volta, vem como bolha de peixe monstro, zoião alumiado, dentes de bocarra caverna de carvão empapado, esfregando tudo na cara, colocando bombas pelos lados crucificados da individualidade terrorista, deixando você num deserto árido depois que a coisa fede num impulso de grito, berro, porrada, deixando você armado bem presinho dentro da caixa torácica. Revoluçõenzinhas mela cueca. Já sem idade e sem fuça, treco para topar apoio aos estudantes da USP, saudosos de um maio de 68, numerários encadernados de quem nunca colocou os pés na França, mas possui óculos de tartaruga e explicam tudo segundo adornos adornais e walter benjamins buarques de hollanda com backinho anárquico e estúpido debaixo das árvores do campus. Campinas mesma coisa. Sim, eu-lírico está de férias. Sem idade nem fuça para desgrudar todos os duréx dos trecos que outras pessoas grudaram no salão de festas, nem mais o tédio inventa algo que me divirta, que mané festa, moi chandon ? Festinha avenida paulista ? Festinha torre do castelo ? Festinha Copacabana ? Se ainda eu encontrasse um helicóptero caridoso, bom samaritano de umas figas ao caldo para a sorte do pé de cabra, bem maior se cofre citybank que me sustente a sorte de ócio, ouro de hanna barbera my friends, that's all, bem mais isso que a perna super texana do pernalonga sacanão.
Enumero as cidades em que já pisei com alma, alegria e tudo isso. Que chances tive em Miami, em Nova York ( que maravilhosa janela do hotel chicoloso: um beco escuro de tarô inteiro adivinhatório do meu gozo: negão e negona, esfrega e chupa, meladinho globalizado da safadeza que faz valer a pena...), Buenos Aires( olá, cemitério meu), e até mesmo Poços de Caldas, com suas frutas óbvias e um lugar mal-assombrado que servia de pretexto heróico ao desvirginamento das acatadouras mocinhas poçolépidas e fogosas. Era um hotel. Sempre um hotel. Ainda fujo do buzão e abro pousada autista, deixa de onda sanitária, numa praia deserta - caiçara nos pentelhos da chatice - e monto lá uma vastidão de dois quartos. Me sentirei, faz tempo, bem esperto, sem fazer mal pra ninguém, o que tem sido o importante, sem idade, sem fuça pra outra coisa, trego de ser feliz total nem pensar, vou poder morar em cabana bacana pau e bananeira, sem pagar um tostão a diária meia entrada. Mas para isso teria que aprender algo sobre sushis e sashimis, não me dou bem com o elemento fogo, basta o meu no azar das dobras, o que me obrigaria a uma segunda-feira soberba de aplicação na vara, a de pescar já que do cofre lá dentro, não tive o viés de ganhar o peixe. E quem disse que eu vou sair dessa paradez? E ainda tem o calmante tarja judozão que me rouba os sonhos obrigatórios...
Mas que enrascada, meu chapa.
Pois é.
Passar o tempo.
Até quando?
Até amanhã, caceta.
Mas e quando chegar o amanhã do teu amanhã, vai assim dar uma morrida sem nada de muito alegre depois
dessa
idade
dessa
fuça
desse
troço de ser impertinente ?
Essa é a questão, padre. Essa é a confissão, tia Benta. Essa é a lambança do meu sexo indormente, Socráticos cobradores do buzão em bons termos, apertos de mão, combinações e claro que, revoluções mela-cuecas de satisfação dutifri.
Ah, tem sempre alguém que paga o pato: vou jogar as roupas de baixo de cima da janela do oitavo andar, dó que não dou, isso sim que é baderna, gentinha universitária, povinho ramela de comédia entorpecente no restinho do espírito que me sobra, nem vem que esmurro , ficar pelado em pleno inverno e beijar a madame Pneumonia na boca, com linguão e espelho no teto, até o pneumococo, filhinho meio down, meio emo, ficar com medo de ser contaminado por mim e não o avesso disso, dissos-eu que voam para o ar, que hão de grudar nas caras de cada cobrador do busão cósmico, gente que pisou na bola com a discrição da descrevicionice maquiavélica, retomo, "Você S.A", bem como "Arte da Guerra", e que agora só paga o shozinho de me ver - a troco de alimento semanal e visita íntima - esfregando minhas próprias bolas junto com o parmesão praquele almoção à italiana. Mama na minha, tiazona.
Pelado e fumando um cigarro, busão em chamas, ataraxia de quatro pra mim. Uma cuspida e chulapa !
- Demorô, bicho.
- Também achei, cumpadi, chama duas, chama três que tô pagando.
Agora, dona Calma, se bandeia pra lá, lava as partes e me prepara um bom quinhão de alegria e abandono de ti, não olhe para trás, orfética em mofo, que sou impuras fúrias. Quem for cabeça entende, quem não for, que entre também na festa, qualquer vinho menos aquela geléia do tal merlot riograndense do sul.
Super-peladão cruzando babejante o céu cinzento de todas as cidades, de todas as saudades não vividas.
É isso aí.
Chama mais que tô pagando pra ver quem me toma a idade, a fuça, o troço.
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